segunda-feira, 12 de março de 2012

A Importância da oração

A oração é uma das mais importantes actividades cristãs. Através da oração uma pessoa mantem um caminhar íntimo com o Senhor, e lança a fundação para o êxito de outras actividades espirituais. A oração também garante a vitória na luta contra Satanás, ao comprometermo-nos pela fé a proteger e cuidar do Grande Vencedor Jesus Cristo. O Dr. Andrew Murray disse: “Estou convencido de que nós nunca apreciaremos por completo o grande significado da oração, enquanto a olharmos apenas como veículo para sustentar a nossa própria vida espiritual. Mas se aprendermos a olhá-la como a mais importante tarefa que nos foi confiada, a base e fôrça de todo o nossso labor, então compreenderemos que não há nada que nós devamos estudar e praticar como a arte de orar correctamente”.
O pedido dos discípulos a Jesus foi: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11:1). Nós apenas podemos aprender a arte da verdadeira oração e intercessão, com o Grande Intercessor Jesus Cristo. É uma escola em que devemos crescer em graça e conhecimento (2 Pedro 3:18). Embora a oração, na sua forma inicial, seja tão simples que mesmo a mais pequena criança pode orar, ao mesmo tempo ela é a mais elevada forma de dedicação a que os crentes são chamados.

Factores que influenciam a oração

Há três realidades importantes que nós, como seguidores de Cristo devemos considerar, ao investigarmos o papel e a importância da oração nas nossas vidas.
Livre arbítrio. Deus decretou soberanamente que o homem deve ter vontade própria para decidir sôbre escolhas de carácter moral. Através da Sua Palavra e do Espírito Santo dentro de nós, Êle deu à mente dos crentes olhos iluminados, para compreenderem a Sua vontade e tomarem as decisões correctas. Êle experimenta-nos para ver se procedemos dessa maneira. Se o não fizermos, então estamos a agir na carne e, consequentemente, estamos a resistir à Sua vontade (Ver. Gal. 5:16-17). Quanto mais cheios do conhecimento da Sua vontade estivermos (Col. 1:9), mais a desejaremos obedecer. Mas para estarmos nesta posição, devemos crucificar a carne e ser transformados pela renovação da nossa mente, para podermos verificar qual é a bôa, aceitável e perfeita vontade de Deus (Rom. 12:2). Trata-se da renovação da nossa total submissão a Cristo, para nos tornarmos como Êle de maneira mais completa. Para atingirmos êste objectivo, torna-se necessário adoptar numa base diária o papel inter-activo da oração e do estudo bíblico.
A fraqueza da nossa carne. Mesmo que a nossa velha natureza (a carne), possa ser crucificada, como cristãos nós estamos sujeitos às fraquezas e enfermidades do corpo humano (chamadas também a ‘carne’, como acima referimos)). A santidade é a única solução para êste problema. Paulo diz: “Eu falo-vos em têrmos humanos devido à fraqueza da vossa carne… Agora apresentai os vossos membros como escravos da rectidão para santidade” (Rom. 6:19). Estas fraquezas são as limitações da nossa fôrça, conhecimento, fragilidade emocional e também a possibilidade de sermos tentados através dos nossos sentidos. Uma vez que as fraquezas inerentes à nossa condição humana não são por si próprias pecado, Cristo compreende-as: “Porque nós não temos um Sumo Sacerdote que não possa compreender as nossas fraquezas… Portanto, aproximemo-nos ousadamente do trono da graça, para que possamos obter compaixão e encontrar graça que nos ajudem na hora da necessidade” (Hebr. 4:15-16). Que bela razão para continuarmos em oração!
Vencer num mundo vil. Nós vivemos num mundo controlado pelo diabo (João 14:30; 2 Cor. 4:4; 1 João 5:19). Portanto, devemos orar para que o Senhor nos livre do maligno. Visto que o diabo governa de facto “o presente mundo vil” (Gal. 1:4), devemos pedir a Deus a Sua intervenção activa nas nossas vidas e fortalecermo-nos no Senhor, de modo a sermos capazes de nos manter firmes contra as artimanhas do diabo (Efés. 6:10-12). Especialmente no “dia da tentação” (Efés. 6:13) quando Satanás vai desencadear forte ataque contra nós para nos ferir, enganar espiritualmente ou levar a tomar a decisão errada, devemos estar fortes no Senhor e não sucumbir aos seus ataques e tentações. Devemos submeter-nos ao Senhor em oração (Tiago 4:7), e ver como Êle, como autoridade final o subjugará, e evitará a realização dos seus vis propósitos. Isto é verdadeira guerra espiritual, mas sem a intervenção de Deus, sem a nossa diligente obediência à Sua Palavra e sem a orientação do Espírito Santo, as coisas poderão correr horrivelmente mal.

Trabalho sacerdotal

Como um santo sacerdócio, temos de aprender o que é interceder com perseverança pela salvação de almas perante o trono da graça de Deus. Um sacerdote vive apenas para glória de Deus e para a salvação de pessoas. As suas orações não são principalmente dirigidas aos seus próprios interesses. A êste respeito devemos aprender com o nosso fiel Sumo Scerdote. Da mesma maneira que Cristo se sacrificou por nós, nós também nos devemos sacrificar em oração pelas necessidades espirituais dos outros.
O grande significado da oração é-nos explicado por Charles Finney como segue: “Às vezes, aqueles que estão mais atarefados a prègar a verdade, não são os que são mais dedicados à oração. Isto é de lamentar – porque, a não ser que êles ou qualquer outra pessoa tenham o espírito de oração, a verdade por si só nada mais fará além de endurecer as pessoas em falta de arrependimento. Creio que no dia do julgamento verificaremos que nada foi jamais conseguido pela verdade, embora ela tenha sido prègada com muito zêlo, se algures não houver alguém a ligar a oração à apresentação da verdade. Para se conseguirem os resultados desejados, a prègação e a oração devem andar de mãos dadas.”
                                                                                                                      Prof. Johan Malan
A oração trz o ceu até nós...

DISCIPLINA

 
Deus é fiel ao disciplinar Seus filhos. "Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste". Salmo 119:75. Aqui Davi submete-se à disciplina de Deus e a aceita como justa e boa. Na teologia de Davi não havia lugar para sorte nem chance. Ele cria que tudo o que acontecia, era ordenado por Deus. Suas aflições foram grandes, mas ele via a mão de Deus em todas elas, e acreditava serem para o seu próprio bem. Ele ainda acrescenta que Deus era fiel em mandá-las. Deus estava operando para o bem de Davi, e sabia o que ele necessitava. Deus é tão fiel aos Seus em discipliná-los quanto em preservá-las. Deus não é um Eli indulgente e infiel. Ele não permitirá que Seus filhos pequem sem serem disciplinados. "O que faz uso da vara odeia seu filho; mas o que o ama, desde cedo o castiga". Provérbios 13:24.
Devemos louvar a Deus por Sua fidelidade em nos açoitar, a fim de levar-nos de volta a Si mesmo e às veredas da obediência. Os santos têm certas tendências das ovelhas e são propensos a se desviarem. Deus é o fiel pastor que sabe usar a vara para levar-nos de volta ao rebanho. Ouça a Davi, novamente: "Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra". Salmo 119:67. E a doutrina permanece a mesma, seja no Velho ou no Novo Testamento. Em Hebreus 12:11, lemos: "E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela". Temos esta gloriosa verdade escrita por um dos puritanos, Thomas Washburn (1606-1687):
À medida que o santo cresce na sabedoria da verdade quanto a Deus e ao homem, ele repudiará a si mesmo e admirará mais e mais a Deus. Quando a verdade a respeito de Deus e do indivíduo se interiorizarem, então faremos o que é justo, amaremos misericórdia, e andaremos em humildade diante de Deus. Miquéias 6:8.
Ó, quanto nós, Seus filhos comprados com sangue, devemos ser fiéis Àquele que jamais faltará em fidelidade para conosco! Isto é o que Ele requer de nós como mordomos de Seus bens. Pouco importará quando morrermos, se tivemos riquezas e honras neste mundo, mas importará grandemente se fomos fiéis ao nosso Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes donde corram águas de fidelidade em Seu serviço glorioso.

Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Grifos:Susi Martins